RENAULT DAUPHINE - THE HEIR TO THE THRONE.
RENAULT - DAUPHINE
Em março de 1956, era apresentado no Palais de Chaillot, em Paris, o RENAULT DAUPHINE. O nome Dauphine é o feminino de DAUPHIN, título francês que significa "Herdeiro do Trono". As fronteiras do Dauphine eram extensas. Além da França, foi produzido em outros países da Europa, México, Argentina, Nova Zelândia e, claro no Brasil.
Aqui no Brasil quem produzia e vendia o Dauphine era a Willys Overland do Brasil que desde 1952, fabricava a linha JEEP. Nesse acordo, a empresa francesa tinha 10% do faturamento e permitia a produção dos carros por meio da transferência de tecnologia.



Mas nem tudo era festa. A estrutura desses carros projetados na Europa não suportaram os rigores das estradas e pavimentos das ruas nas cidades brasileiras. E logo estavam se desmanchando e cheios de ruídos. Nas arrancadas mesmo normais, os eixos traseiros balançavam assustadoramente e as rodas traseiras também.
Mas para nós hoje antigomobiistas, na época adolescentes e "pseudos engenheiros de fundo de oficinas" logo apresentávamos as soluções, ideias inteligentes e engenharia de fundo de quintal. Por exemplo: para solucionar o problema da instabilidade dos eixos traseiros, foi idealizado um TENSOR. Esse tensor constituía de um varão de ferro com no mínimo 01 polegada de diâmetro com uma braçadeira (alça) na ponta que literalmente abraçava o eixo traseiro e a outra extremidade era fixada com uma chapa e parafusos no chassis do carro. Com esses tensores estava solucionado o problema e até dava um ligeiro toque esportivo para quem olhava por baixo do carro.
As linhas na cor laranja mostram onde eram fixados os tensores em ambos os eixos traseiros.
Outra vista do esquema como eram montados o tensores. Na cor vermelho o tensor.
O RENAULT - TEIMOSO.
O RENAULT TEIMOSO, foi uma versão totalmente despojada na tentativa de desbancar outro carro popular que era o FUSCA PÉ DE BOI que estava sendo produzido pela Volkswagen. O Teimoso era tão pobre de requintes que abria mão dos cromados, iluminação interna, marcador de combustível, retrovisores externos, sinaleiras de direção e acreditem até o limpador de para-brisa do lado direito era suprimido. Era de uma rudeza impressionante. Notem que a única luz na traseira do carro era a iluminação da placa.
Nessa onda de carros populares a tentativa do governo era proporcionar uma condição de compra viável para que as classes menos abastadas pudessem adquirir um veículo mais barato e financiado pela Caixa Econômica Federal. Com esse mesmo objetivo, além do VW Pé de Boi, a DKW lançou o PRACINHA e a Simca lançou o PROFISSIONAL. Mas nenhuma dessas opções vingou. O preço não era digamos tão distante de um modelo normal de série e a grande verdade, é que o povo brasileiro é apaixonado por automobilismo, curte carros e não abre mão do conforto e elegância de um bom automóvel.
O RENAULT - 1093.
Chegava o ano de 1964, trazendo um novo lançamento o Renault 1093. Com um motor apimentado com 42 cv , suspensão traseira rebaixada, conta giros no painel e a novidade dos pneus cinturados recém lançados aqui no Brasil pela Pirelli. Tudo isso eram novidades no nosso mercado de automóveis. Além do fato do carro emitir um lindo ronco esportivo característico que agradava a todos e fazia torcer o pescoço quando passavam.

Deixou boas lembranças nas pistas.
Em 1967, a Ford comprou a Willys e ganhou no pacote um grande presente, o projeto "M". Era o projeto de um carro médio que a Renault e a Willys desenvolviam na França para substituir o Gordini. Nascia então R12, que aqui no Brasil levou o nome de FORD CORCEL mantendo assim o DNA Renault por mais algumas décadas.
FORD CORCEL
Esse exemplar já premiado em eventos, pertence ao sócio do CCARN Ivaldo Moura.
* PONTO DE VISTA
O charme dos carros antigos ou seja aqueles fabricados nas décadas de 1950, 1960, 1970, era que cada um tinha o seu próprio design, sua individualidade. Tomamos como exemplo, o Fusca VW, o DKW, o Karmannghia, o Aero Willys, o Simca etc. Na atualidade todos esses carros que nós antigomobilistas chamamos de "Carros de Plástico" ou Plastimóvel são todos iguais, sem personalidade a começar pelas cores, a grande maioria é na cor branca, prata ou preta.
O CCARN AGRADECE A SUA VISITA.
THANK YOU FOR YOUR INTEREST.
GRACIAS POR SU VISITA.