GREAT BRAZILIANS FROM 60s
PARA OS JOVENS DE ESPÍRITO - UM POUCO DA HISTÓRIA DOS CARROS QUE ENTRARAM PARA A NOSSA HISTÓRIA.
- AERO WILLYS
O Aero Willys foi lançado no Brasil em 1960 e já trazia as linhas ultrapassadas do modelo americano, mas em 1962, passou por uma reestilização e foi considerado o primeiro projeto genuinamente construído no Brasil. As linhas arredondadas, os cromados, o espaço interno e as grandes dimensões chamavam a atenção. Como não tinha muitos concorrentes, se firmou como o carro de quem tinha posses e como veículo oficial para autoridades.
Todavia, por baixo da estrutura, não existia muita sofisticação pois o Aero Willys usava a estrutura do JEEP portanto, bastante duro e direção pesada.
No final de 1962, em vez de importar um projeto pronto, a Willys resolveu desenvolver um projeto inteiramente brasileiro, abolindo o excesso de curvas, então vieram as linhas retas. O Aero 2600 foi montado em uma estrutura própria para carro de passeio. Em pouco tempo, o carro recebeu o apelido de "Frango Assado".
- AMAZONA
Com o porte avantajado e resistência para encarar maus caminhos, a perua CHEVROLET AMAZONA era utilizada na cidade e no campo. Sim, Amazona sem "s".
Descendente da "Suburban" americana, foi a antecessora da Veraneio em 1964. Com três filas de bancos revestidos de plástico, transportava oito pessoas ou, sem os bancos de trás, até 650 kg de carga.
A mecânica era velha conhecida da Chevrolet, um motor de seis cilindros, câmbio manual com três velocidades e alavanca no volante. O botão de partida era acionado pelo pé junto ao acelerador. No total foram produzidas 2;626 unidades.
- BRASINCA
Um puro-sangue nervoso, com desenho arrojado e motor de caminhão. Lançado em 1964, o Brasinca 4200 GT era também conhecido como UIRAPURU. O carro era o máximo em termos de esportivo nacional. Era equipado com um motor de seis cilindros usado em caminhões e utilitários da GM. Carburação "tripla", câmbio de 03 marchas e fazia de 0 a 100km/h em primeira marcha, o que dava a impressão de um fôlego infinito. O seu carisma aumentou muito quando dois anos após seu lançamento a indústria inglesa lançou o esportivo Jensen Interceptor, com muita semelhança.
O arrojado desenho do carro, só não levava em conta a meteorologia. Nos dias de chuva, sair do carro era banho na certa. O recorte das portas, avançando na capota, podia até ser bonito, mas pouco prático. O projeto Brasinca desintegrou-se devido aos altos custos de produção. Até o ano de 1967, foram fabricados apenas 77 unidades. Um modelo experimental ( O GAVIÃO) ainda foi projetado para ser usado pela Polícia Rodoviária, com duas metralhadoras embutidas na grande frontal.
- DKW BELCAR
O Pioneirismo em dois tempos. O DKW é considerado o primeiro veículo nacional. Ele começou a ser montado pela Vemag (Veículos e máquinas agrícolas) em 1958, sob licença da DKW, (Auto Union) no bairro do Ipiranga em São Paulo, dois anos depois do lançamento da irmã mais nova a "Vemaguete".
O DKW, é um carro curioso sob vários aspectos. O radiador posicionado atrás do motor, as portas abriam ao contrário (chamadas de suicídio ou deixavê) o escapamento solta um fumacê impressionante. Para abastecer, não bastava pôr gasolina, o motor de "dois tempos" exigia a adição de um litro de óleo a cada 40 litros de gasolina. O motor com apenas 03 cilindros, possuía 03 bobinas.
Só a partir de 1964, as dobradiças foram para frente, tornando a abertura das portas no sentido convencional. Por causa do motor de dois tempos, era fácil identificar a aproximação de um DKW pelo cheiro, a fumaça e o inconfundível ronco pó-pó-pó-pó-pó-pó. O câmbio com quatro marchas e a alavanca no volante.
Um trunfo da marca, era sua boa performance nas pistas. Deixou muita saudade. Pegas memoráveis, fosse em circuitos fechados ou nas ruas.
- DKW FISSORE
O DKW FISSORE, foi o mais bonito da linha DKW . Podia não andar bem, mas fez um sucesso enorme. A Vemag queria : um automóvel luxuoso que sensibilizasse o público mais sofisticado e se encaixasse no chassi já existente. A plataforma do DKW foi enviada para Carrozzerie Fissore em Turim na Itália, para que fosse vestida em "estilo de alta-costura". Em junho de 1964, os carros chegaram às lojas. O motor do Fissore, sofria de insuficiência cardíaca para tracionar os 1.035 kg de peso do carro. Para burlar os consumidores o velocímetro foi "envenenado" e chegaram até a diminuir a espessura dos vidros para diminuir o peso total do veículo.
O Fissore brasileiro, viveu uma grande aventura europeia. Um exemplar enviado para Lisboa, e de lá percorreu 10 países em 45 dias, ostentando a placa Brasileira, na época "Amarela" e apenas numérica aumentando a curiosidade por onde passava, deixando o rastro de fumaça e o ronco característico do pó-pó-pó-pó do motor de dois tempos. A última fornada saiu em 1967, totalizando 2.489 unidades produzidas.
- FNM 2000
O FNM 2000 era um sedã de luxo que tinha o nome de caminhão, porém tecnologia e sofisticação raras para a época e fazia uma homenagem explicita ao presidente JUSCELINO KUBITSCHEK. O JK (o carro) tinha origem italiana. Era um alfa Romeo, puro sangue que foi nacionalizado e produzido pela Fábrica Nacional de Motores - FNM, era o FNM 2000. Popularmente se pronunciava "Fenemê".
Entre as características avançadas, citamos o duplo comando de válvulas, bloco do motor em alumínio, câmbio com cinco marchas, embreagem hidráulica e pneus radiais. As saídas do escapamento por dentro do para-choque era um charme e um atrativo a mais. Não havia naquele tempo nada semelhante aos carros produzidos aqui no Brasil. Custava o equivalente a duas vezes e meia o valor de um Fusca.
- VW KARMANN-GHIA
O mais desejado.
O Karmann-Ghia foi produzido como resultado de uma parceria entre a Volkswagen, o fabricante de carrocerias Wilhelm Karmann e o designer o italiano Luigi Segre do estúdio Ghia. Foi lançado no Brasil em 1962. Com visual estiloso, que sugeria esportividade ele não tinha muita pressa, equipado com o singelo motor da Kombi: 1.2 e 36 cv. Em 1967, "o belo passou a ser fera", ganhou um motor 1.500 e em 1970 foi equipado com um motor 1.600, freios a disco na dianteira e uma bitola mais larga na traseira.
Após 23.400 unidades vendidas durante 10 anos de produção o chamado " Karmann-Ghia bolinha" saiu de linha e em 1973 foi lançado o Karmann-Ghia TC.
No estilo "Conversível" foram fabricadas apenas 176 unidades e hoje são raríssimos entre os colecionadores.
Nas pistas preparado com motor PORSCHE marcava presença entre os primeiros colocados nas competições.
- VW KOMBI
Tem carro que nasceu para carga, outros para levar a família, outros para transporte escolar, outros para fritar e vender pasteis, alguns para acampar etc. A KOMBI veio para fazer tudo isso e um pouco mais. Seu nome é a abreviação da palavra em alemão que quer dizer "Veículo para uso combinado". KOMBINATIONSFAHRZEUG.
- VW SEDAN - FUSCA
- WILLYS INTERLAGOS
Um capítulo a parte. (Se faz necessário respirar fundo para se escrever sobre esse mito.)
Sua aptidão para corridas estava expressa até no nome (INTERLAGOS). O primeiro esportivo brasileiro teve vida curta, mas foram cinco anos muito bem vividos.
Descendente direto do ALPINE produzido na França, o Interlagos Berlineta foi fabricado no Brasil, sob encomenda, entre os anos de 1961 e 1966. Extremamente leve, esse valente esportivo brasileiro era capaz de rivalizar com outros esportivos pelo mundo a fora cujos motores tinha quase o dobro de sua capacidade.
Sua altura não passava de 1,22m. Motor traseiro, refrigerado a água e Câmbio com quatro marchas. Bancos anatômicos, volante esportivo e um completo painel com instrumentos de navegação. Em sua curta existência foram fabricados apenas 822 unidades. Seu altíssimo preço no mercado só era atingido por compradores que tinham um poder aquisitivo sem limites.
Esse sempre foi o meu inatingível sonho de consumo.
Nas pistas foi imortalizado pelo lendário piloto Bird Clemente, os irmãos Fittipaldi entre outros. O grande e imbatível desempenho do Interlagos nas competições foi o que motivou a criação do PUMA para poder enfrenta-los.
O CCARN AGRADECE A SUA VISITA.
THANK YOU FOR YOUR INTEREST.
GRACIAS POR SU VISITA.