= OCTOBER 2nd - NATIONAL PUMA DAY =
Hoje eu convido você para embarcar na máquina do tempo e fazer uma visita ao passado. Um passeio histórico e em "preto e branco" à fabrica PUMA, que foi um orgulho da indústria automobilística nacional em 1968. O Puma, saiu de uma fazenda no interior de São Paulo (Matão) para se tornar o maior sucesso entre os esportivos nacionais.
O ANCESTRAL
O PUMA originalmente criado usando a mecânica DKW VEMAG.
O ano de 1968, fez parte de uma fase de grande expansão na história da fabrica de automóveis PUMA. Durante a sua trajetória, a marca passou pelas mãos de três fabricantes, até sucumbir diante dos importados.
Essa era a fachada do modesto galpão situado na Av. Presidente Wilson - 4385, no bairro Ipiranga na cidade de São Paulo.
Na foto a cima, funcionários laminando a FIBRA DE VIDRO. Em um procedimento artesanal e sem usar equipamentos de proteção. Hoje sabemos que a fibra de vidro, é uma substância cancerígena e que para seu manuseio se faz necessário o uso de equipamentos de proteção (EPIs) como máscaras, óculos luvas especiais etc.
Acima a esquerda, Jorge Lettry (1930-2008) diretor técnico até 1973, recebe em visita de Leszek Bilyk diretor da "Revista Quatro Rodas" para uma reportagem.
Fase de acabamento na fibra.
As carrocerias eram expostas ao sol para secar e esperar a "cura" da fibra (endurecimento).
Na montagem do PUMA o chassis usado era do VW Karmannghia. Que encurtado em 250 mm diminuía a distancia entre eixos, ficando reduzida para 2.150 mm. Após essa modificação, seguia para receber a carroceria. A boa estabilidade era um ponto forte desse esportivo.
O chassis na linha de montagem para receber os componentes mecânicos que eram adquiridos da Volkswagen. É notório o famoso escapamento fabricado pela KADRON, que dava um ronco (ASSINATURA SONORA) característico do motor Puma. Atualmente os colecionadores encontram muita dificuldade em conseguir uma "escapamento" esportivo similar ao Kadron.
Fase final no acabamento e pintura.
Fase de montagem de vidros e faróis.
Não é a toa que o nosso Puma, além de dominar o mercado de esportivos no Brasil, chegou a ser exportado para mais de 50 países. Uma das mais belas obras da indústria nacional, e o mais bem sucedido esportivo da época.
MOTIVO DE POLÊMICA.
Quando o alemão Rudolf Leiding (1914-2003) assumiu a presidência da Volkswagen do Brasil, ameaçou cortar o fornecimento de peças para a PUMA, tendo em vista a grande concorrência nas vendas, afetando diretamente ao VW Karmannghia. Foi então que o advogado da fábrica PUMA, o Dr. Luiz Roberto Alves de Castro, recorreu à amizade que tinha com Luis Antonio Gama e Silva na época Ministro da Justiça do então presidente da república, o General ARTUR DA COSTA E SILVA durante o Governo Militar.
Atendendo o pedido, o ministro agendou uma audiência em Brasília para tratar o assunto pessoalmente com o presidente da Volkswagen.
Nessa audiência, as autoridades brasileiras argumentaram que o ato caracterizava um abuso de poder de uma multinacional contra uma modesta fábrica genuinamente nacional.
Bastante irritado, o alemão diretor da VW mudou literalmente de ideia. Regressou e ordenou de imediato o desenvolvimento de um carro esportivo para enfrentar a concorrência do PUMA. E assim, em tempo recorde nasceu o esportivo VW SP 2.
OS QUE FAZIAM O PUMA.
1-
Rino Malzoni - Idealizador.
2-
Jorge Lettry - O cérebro.
Espaço em homenagem ao "JORGE LETTRY" , na DEKABRAS em São Leopoldo - RS.
3-
Anisio Campos - O Mago do design.
4-
Rubens Rossato - Diretor técnico
5-
Milton Masteguin - Sócio e idealizador com Rino Malzoni.
Puma testado na Europa
Em fim, o carro era uma sensação. Agradando até a quem estava acostumado com velocidade, como o famoso piloto inglês STIRLING MOSS.
Esse modelo de PUMA acima, conhecido como "Tubarão" devido as entradas de ar que possui nas laterais, é um modelo bastante cobiçado entre os colecionadores.
Puma GTE - 1979 - Creio, o mais belo desenho produzido.
PUMA GTB
No final de 1971, a "Pequena Atrevida", como era conhecida a Puma Veículos e Motores, agitou o mercado de automóveis no Brasil. Inicialmente testando um protótipo chamado de P8, também conhecido como GTO (Gran Turismo Omologado).
O modelo só entrou em fabricação regular em 1974, batizado como Puma GTB (Gran Turismo Brasil), com motorização Chevrolet 4.1, dianteiro e tração traseira. Sua produção foi até o ano de 1987.
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