29/01/2022

UMA VISITA AO PASSADO

   A VISIT TO THE PAST

Hoje eu convido você  para  embarcar na máquina do tempo e fazer uma visita ao passado. Um passeio histórico e em "preto e branco" à fabrica PUMA, que foi um orgulho da indústria nacional em 1968. O Puma,  saiu de uma fazenda no interior de São Paulo (Matão) para se tornar o maior sucesso entre os esportivos nacionais.

O ano de 1968, fez parte de uma fase de grande expansão na história da fabrica de automóveis PUMA. Durante a sua trajetória,  marca passou pelas mãos de três fabricantes, até sucumbir diante dos importados.

Essa era a  fachada do modesto galpão situado na Av. Presidente Wilson - 4385, no bairro Ipiranga na cidade de São Paulo.

Funcionários laminando a FIBRA DE VIDRO. Em um procedimento artesanal e sem usar  equipamentos de proteção. Hoje sabemos que a fibra de vidro, é uma substância cancerígena e que para seu manuseio se faz necessário o uso de equipamentos de proteção (EPIs) como máscaras, óculos  luvas especiais etc.

Acima a esquerda, Jorge Lettry (1930-2008) diretor técnico até 1973,  recebe em visita de Leszek Bilyk   diretor da Revista Quatro Rodas para uma reportagem.


Fase de acabamento na fibra.



As carrocerias eram expostas ao sol para secar e esperar a "cura" da fibra (endurecimento).


Na montagem do PUMA o chassis usado era do  VW Karmannghia.  Que encurtado em 250 mm  diminuía a distancia entre eixos, ficando  reduzida para 2.150 mm. Após essa modificação, seguia  para receber a carroceria. A boa estabilidade era um ponto forte desse esportivo.


O chassis na linha de montagem para receber os componentes mecânicos que eram adquiridos da Volkswagen. É notório o famoso  escapamento fabricado pela KADRON, que dava um ronco (ASSINATURA SONORA) característico do motor Puma. Atualmente os colecionadores encontram muita dificuldade em conseguir uma escapamento esportivo similar.


Fase final no acabamento e pintura.



Fase de montagem de vidros e faróis. 




Não é a toa que o nosso Puma além de dominar o mercado de esportivos no Brasil, chegou a ser exportado para mais de 50 países. Uma das mais belas obras da indústria nacional, e o mais bem sucedido esportivo da época.




MOTIVO DE POLÊMICA.
Quando o alemão Rudolf Leiding (1914-2003) assumiu a presidência da Volkswagen do Brasil, ameaçou cortar o fornecimento de peças para a PUMA, tendo em vista  a grande concorrência nas vendas, afetando diretamente ao  VW Karmannghia. Foi então que o advogado da fábrica PUMA, o Dr. Luiz Roberto Alves de Castro, recorreu à amizade que tinha com  Luis Antonio Gama e Silva na época Ministro da Justiça do então presidente da república, o General  ARTUR DA COSTA E SILVA durante o Governo Militar.
Atendendo o pedido, o ministro agendou uma audiência em Brasília para tratar o assunto  pessoalmente com o presidente da Volkswagen. 
Nessa audiência, as autoridades brasileiras argumentaram que a VW já era fornecedora de sobras de peças desde o fechamento da DKW Wemag  e o ato caracterizava um abuso de poder de uma multinacional contra uma modesta fábrica  genuinamente nacional. 
Bastante irritado, o alemão diretor da VW mudou literalmente de ideia. Regressou e ordenou de imediato o desenvolvimento de um carro esportivo para enfrentar a concorrência  do PUMA. E assim, em tempo recorde nasceu o esportivo  VW SP 2.


OS QUE FAZIAM O PUMA.


Rino Malzoni - Idealizador.


Jorge Lettry - O cérebro.



Anisio Campos - O Mago do design.



Rubens Rossato - Diretor técnico



Milton Masteguin - Sócio e idealizador com Rino Malzoni.


 Em fim, o carro era uma sensação. Agradando até a quem estava acostumado com velocidade, como o famoso  piloto inglês STIRLING MOSS.



Esse modelo de PUMA, conhecido como "Tubarão" devido as entradas de ar que possui  nas laterais, é um modelo bastante cobiçado entre os colecionadores. 


 O CCARN AGRADECE A SUA VISITA.

THANK YOU  FOR YOUR INTEREST.

GRACIAS POR SU VISITA.

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