A VISIT TO THE PAST
Hoje eu convido você para embarcar na máquina do tempo e fazer uma visita ao passado. Um passeio histórico e em "preto e branco" à fabrica PUMA, que foi um orgulho da indústria nacional em 1968. O Puma, saiu de uma fazenda no interior de São Paulo (Matão) para se tornar o maior sucesso entre os esportivos nacionais.
O ano de 1968, fez parte de uma fase de grande expansão na história da fabrica de automóveis PUMA. Durante a sua trajetória, marca passou pelas mãos de três fabricantes, até sucumbir diante dos importados.
Essa era a fachada do modesto galpão situado na Av. Presidente Wilson - 4385, no bairro Ipiranga na cidade de São Paulo.
Funcionários laminando a FIBRA DE VIDRO. Em um procedimento artesanal e sem usar equipamentos de proteção. Hoje sabemos que a fibra de vidro, é uma substância cancerígena e que para seu manuseio se faz necessário o uso de equipamentos de proteção (EPIs) como máscaras, óculos luvas especiais etc.
Acima a esquerda, Jorge Lettry (1930-2008) diretor técnico até 1973, recebe em visita de Leszek Bilyk diretor da Revista Quatro Rodas para uma reportagem.
Na montagem do PUMA o chassis usado era do VW Karmannghia. Que encurtado em 250 mm diminuía a distancia entre eixos, ficando reduzida para 2.150 mm. Após essa modificação, seguia para receber a carroceria. A boa estabilidade era um ponto forte desse esportivo.
O chassis na linha de montagem para receber os componentes mecânicos que eram adquiridos da Volkswagen. É notório o famoso escapamento fabricado pela KADRON, que dava um ronco (ASSINATURA SONORA) característico do motor Puma. Atualmente os colecionadores encontram muita dificuldade em conseguir uma escapamento esportivo similar.
Não é a toa que o nosso Puma além de dominar o mercado de esportivos no Brasil, chegou a ser exportado para mais de 50 países. Uma das mais belas obras da indústria nacional, e o mais bem sucedido esportivo da época.
MOTIVO DE POLÊMICA.
Quando o alemão Rudolf Leiding (1914-2003) assumiu a presidência da Volkswagen do Brasil, ameaçou cortar o fornecimento de peças para a PUMA, tendo em vista a grande concorrência nas vendas, afetando diretamente ao VW Karmannghia. Foi então que o advogado da fábrica PUMA, o Dr. Luiz Roberto Alves de Castro, recorreu à amizade que tinha com Luis Antonio Gama e Silva na época Ministro da Justiça do então presidente da república, o General ARTUR DA COSTA E SILVA durante o Governo Militar.
Atendendo o pedido, o ministro agendou uma audiência em Brasília para tratar o assunto pessoalmente com o presidente da Volkswagen.
Nessa audiência, as autoridades brasileiras argumentaram que a VW já era fornecedora de sobras de peças desde o fechamento da DKW Wemag e o ato caracterizava um abuso de poder de uma multinacional contra uma modesta fábrica genuinamente nacional.
Bastante irritado, o alemão diretor da VW mudou literalmente de ideia. Regressou e ordenou de imediato o desenvolvimento de um carro esportivo para enfrentar a concorrência do PUMA. E assim, em tempo recorde nasceu o esportivo VW SP 2.
OS QUE FAZIAM O PUMA.
Em fim, o carro era uma sensação. Agradando até a quem estava acostumado com velocidade, como o famoso piloto inglês STIRLING MOSS.
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