14/08/2020

2020 YEAR WHEN F1 CELEBRATES ITS 70TH ANIVERSARY

 70 ANOS DA FÓRMULA 1.

Durante toda essa semana, o assunto mais comentado na mídia esportiva  foi a celebração dos 70 anos da Fórmula 1, culminando com o Grande Premio da Inglaterra no circuito de Silverstone, com direito ao show protagonizado pelo piloto inglês Lewis Hamilton. No entanto, vamos falar sobre o princípio de tudo, sobre   O PEQUENO GIGANTE, o  penta campeão mundial o argentino JUAN MANUEL FANGIO. Ele foi  único a conquistar cinco campeonatos mundiais pilotando para 04 equipes diferentes, numa época em que não existiam freios a disco, célula de segurança para o condutor,  nada eletrônico e nem cinto de segurança. Finalmente, eram a  capacidade e arrojo do piloto que faziam a diferença, segurando-se ao volante e pressionando as pernas contra a estrutura da carroceria  para não ser lançado fora do carro. Fangio conheceu como poucos, os segredos das máquinas que pilotava pois como ele mesmo dizia : "Faço parte delas, como uma biela, um pistão ou qualquer parafuso".


    EL PEQUEÑO GIGANTE.

Juan Manoel Fangio, nasceu na localidade de Balcarce, na Argentina,  pouco mais de 400 km de distância ao sul da capital  Buenos Aires,  filho de um casal de imigrantes italianos, Loreto Fangio e Hermínia Déramo.

Aos 11 anos de idade, o menino Fangio abandona os estudos,  se apaixona por mecânica de automóveis, cresce dentro de oficinas e aos 16 anos já participa de sua primeira corrida pilotando uma  CARRETERA e depois um Ford V8 quando ganhou sua primeira corrida.

Em 1931, Fangio  prestou o serviço militar no VI Regimento de Cavalaria no Campo de Mayo.



Na foto abaixo, uma das Carreteras do início de sua carreira.


Juan Manuel Fangio correu 51 grandes prêmios, obteve 24 vitórias, 29 pole positions, 23 recordes de volta, cinco títulos mundiais (1951,1954,1955,1956 e 1957) dos quais 4 foram consecutivos, e dois vice-campeonatos (1950 e 1953) em oito temporadas que disputou. Fangio correu em quatro escuderias: Alfa Rome (1950-1951),Maserati (1953-1954), Mercedes (1954-1955), Ferrari (1956) e Maserati (1957[4]-1958).

É o único piloto da história da Fórmula 1 que foi campeão em 4 equipes diferentes:Alfa RomeoMaseratiFerrari e Mercedes-Benz.


Juan Manoel Fangio, EL CHUECO  (quer dizer MANCO em português por ter suas pernas bastante arqueadas), como era conhecido em seu país, subiu ao pódio pela primeira vez em 1939, como vencedor das MIL MILHAS DA ARGENTINA. 

O Ford V8 com o qual conquistou o seu primeiro pódio, em 1939.


Na foto abaixo em 1956, como campeão pela Ferrari.


Bandeirada final, cena que se repetiu incontáveis  vezes em sua carreira.




Em  sua carreira,  disputou 51 GPs na Fórmula 1 e venceu 24;  proporcionalmente, considerado o melhor proveito até hoje.



Pilotando sua lendária ALFETA 159.  A curiosidade impar dessa Alfa Romeo, era a posição do acelerador posicionado entre o pedal de freio e o pedal da embreagem.


Campeão pela Mercedes em 1954 e 1955.


Nesse tempo,  em que  o braço e o arrojo do piloto faziam a diferença.


Fora das pistas, Fangio era considerado um verdadeiro cavalheiro por sua elegância e educação. Como veremos mais adiante e para a surpresa de todos, resolveu encerrar sua vitoriosa carreira demonstrando caráter e  honradez.




Quando não estava competindo curtia a vida sempre acompanhado de belas mulheres.





Competindo no GP de Mônaco.




A bordo da lendária Mazeratti.




Defendendo a equipe Mercedes.




Na foto abaixo, com JIM CLARK conhecido como o Escocês Voador.




Fangio, EL CHUECO.


O museu dedicado a  "Fangio", na bucólica cidade de Balcarce onde nasceu, é  considerado  uma  "Meca" para quem curte automobilismo.



Entre todos os pilotos da Fórmula 1, Fangio nutria uma grande amizade e admiração pelo piloto brasileiro AIRTON SENNA o qual considerava um ídolo. Abaixo, detalhe do espaço dedicado a Senna no museu Fangio na cidade de Balcarce - Argentina.





No setor do museu dedicado as Ferraris destaca-se a raríssima Ferrari 16 nas cores azul e amarelo.

 PALAVRAS USADAS  POR  FANGIO  EXPLICANDO O MOTIVO DE ENCERRAR SUA CARREIRA:
    "Eu estava em Reims (1958), treinando para o Grande Prêmio da França, quando senti que o carro estava muito instável, o que me chamou a atenção porque isso era  a grande virtude da Maseratti 250F a sua estabilidade. Então cheguei ao box e perguntei ao chefe da equipe o que se passava; ele respondeu-me:- Trocamos os amortecedores! - Mas porquê?, perguntei. - Porque estes nos pagam! - Assim, naquele momento, tomei a decisão de encerrar a carreira. E não me arrependo disso!"




Juan Manoel Fangio faleceu em 17 de julho de 1995, aos 84 anos, vítima de insuficiência renal. E até a sua morte foi o presidente honorário da Mercedes Benz na Argentina.

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